quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

REDAÇÃO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - ESCREVER PARA QUÊ?


Denise Veronica de Andrade e
Raquel Leal

Muitas pessoas e até educadores brasileiros pensam que as crianças têm até a universidade para aprender a escrever, e com este pensamento acreditam que não se deve haver reprovação apenas por causa desta deficiência. Essas pessoas desconhecem que escrever é um exercício que faz parte da Alfabetização e por isso deve ser desenvolvida passo a passo, sanando as dificuldades em cada ano do Ensino Fundamental.
Infelizmente tal ideia não ocorre se o aluno consegue passar pelo Ensino Médio sem sanar as dificuldades de escrita ficam desempregados se dependerem de empregos em gráficas, locais de revelação de fotos, consultórios odontológicos ou médico, e mesmo em mercados se dependerem de escrever o endereço de um cliente.
Ou sendo positivo chegam à faculdade e são reprovados na apresentação do TCC, pois os mestres sabem da capacidade do universitário, portanto não adianta comprar trabalhos ou mesmo na melhor das hipóteses conseguir a ajuda de colegas para escrever o trabalho de conclusão de curso superior. As pessoas se esquecem que os professores universitários não sentam ao lado do aluno para desenvolver a habilidade da escrita, esta habilidade é pré-requisito dos primeiros anos do Ensino Fundamental.
Sem falar dos jovens que passam pela peneira do vestibular de Universidades Federais e não conseguem passar nas disciplinas por dois semestres seguidos, o que faz com que alguns desistam e quando os pais têm um emprego estável pagam outros cursos como medicina fora do Brasil como na Bolívia e Argentina.
Para isso, faz-se necessário que cada aluno escreva, leia, corrija, reescreva, leia com seu professor, corrija e reescreva pelo menos duas produções textuais por bimestre. O ideal seria de 10 a 15 textos bem escritos por ano. E de preferência que cada um seja digitado para que o aluno observe outras dimensões que as mídias podem proporcioná-lo.
E é acreditando nessa ideia que se faz necessário usar a seguinte metodologia com alguns requisitos de habilidades de escrita da Língua Materna:
6º e 7º ano: Nestes anos os alunos deveriam escrever memórias, autobiografia, fazer resumos, responder questões subjetivas sem medo de errar. Colocando suas ideias no papel e aprendendo que há necessidade de reescrita e de que o texto deve estar claro, coerente, evitando palavras repetidas, respeitando o número de linhas, margens, início de frases com letra maiúscula e os sinais de pontuação; usar mais de três parágrafos e letra seja legível.
É imprescindível desde a Educação Infantil tanto professor quanto aluno ter uma interação na hora da leitura, correção e reescrita mútua (o aluno deve estar junto ao professor no momento da correção na maioria das vezes). Professor e aluno precisam compreender que a escrita é um exercício árduo, mas necessário e que deve ser aperfeiçoado em cada texto. 
Há alunos nestes anos que não conseguem ultrapassar cinco linhas de escrita. Nesse caso deve-se no primeiro bimestre fazer indagações, resumos após a leitura de obras literárias ou mesmo escrever com detalhes um filme visto. Porque por mais que se tente colocar no papel o que se pensa, mais coisas aparecem à mente e novas ideias se formam. E é assim que são escritos os livros, tanto os finos quanto o de mais de 500 páginas.
8º e 9º ano: Nos dois últimos anos do Ensino Fundamental deve-se haver uma preocupação meticulosa quanto à habilidade da Escrita, além dos detalhes que já foram expostos no 6º e 7º anos.

1º passo: O aluno deverá atentar para o número mínimo e máximo de linhas solicitado pelo professor;
2º passo: Seguir a adequação à proposta e à tipologia textual;
3º Passo: Ter boa argumentação (fugir do senso comum, informativo, unidade);
4º passo: O texto deverá ter coesão (ligação das ideias, progressão temática);
5º passo: O texto deve ter coerência (clareza, organização das idéias, progressão temática);
6º passo: Momento em que se deve utilizar a gramática no texto (acentuação, ortografia, pontuação, concordância e regência);
7º passo: Estética (letra legível, margens regulares, ausência de borrões, rasuras e corretivos, título centralizado).
Para o jovem que deseja um futuro brilhante na vida, é aconselhável que siga estas orientações, pois terá muito tempo para exercitar a Escrita e Reescrita até concluir o Ensino Médio e Universitário.
E com certeza terá sucesso e muitas coisas na vida. Feliz 2013.

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